Ficha Técnica
Título: Noites brancas
Autor: Fiódor Dostoiévski
Ano de edição ou reimpressão: 2022
Editora: Editorial Presença
Idioma: Português
Dimensões: 150 x 230 x 7 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 88
Peso: 150g
ISBN: 9789722369640
11,90€ IVA inc.
Título: Noites brancas
Autor: Fiódor Dostoiévski
Ano de edição ou reimpressão: 2022
Editora: Editorial Presença
Idioma: Português
Dimensões: 150 x 230 x 7 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 88
Peso: 150g
ISBN: 9789722369640
Publicada nos primeiros anos de carreira do autor, mais precisamente em 1848, e narrada na primeira pessoa, como muitas das obras de Dostoiévski, Noites Brancas é uma novela que mescla romantismo e realismo.
Nela, a voz que escutamos pertence a um jovem solitário e sonhador, que vemos caminhar pelas ruas de São Petersburgo e encontrar a jovem Nástenka, numa ponte sobre o rio Nevá. E é então que tem início uma espécie de educação sentimental do nosso narrador, impulsionada pela aparição daquela mulher, durante as noites brancas da cidade, também ela aqui uma personagem – noites em que o sol insiste em não partir e o tempo se distende tal qual o lírico, delicado e sentimental tom deste livro.
Traduzido diretamente do russo por Nina Guerra e Filipe Guerra
Vencedores do Grande Prémio de Tradução Literária APT/Pen Clube Português
Fiódor Dostoiévski ( Moscovo, 11.11.1821 – S. Petersburgo, 09.02.1881) foi um dos grandes percursores, como Emily Brontë, da mais moderna forma do romance, exemplificada em Marcel Proust, James Joyce, Virgina Woolf entre outros. Filho de um médico militar, aos 15 anos é enviado para a Escola Militar de Engenharia. de S. Petersburgo. Aí lhe desperta a vocação literária, ao entrar em contacto com outros escritores russos e com a obra de Byron, Vítor Hugo e Shakespeare. Terminado o curso de engenharia, dedica-se a fazer traduções para ganhar a vida e estreia-se em 1846 com o seu primeiro romance, Gente Pobre. Após mais umas tentavivas literárias, foi condenado à morte em 1849, por implicação numa suspeita conjura revolucionária.
No entanto, a pena foi-lhe comutada para trabalhos forçados na Sibéria. Durante os seus anos de degredo teve uma vida interior de caráter místico, por ter sido forçado a conviver com a dura realidade russa, o que também o levou a familiarizar-se com as profundezas insuspeitas da alma do povo russo. Amnistiado em 1855, reassumiu a atividade literária e em 1866, com Crime e Castigo, marca a ruptura com os liberais e radicais a que tinha sido conotado. As obras de Dostoiévski atingem um relevo máximo pela análise psicológica, sobretudo das condições mórbidas, e pela completa identificação imaginativa do autor com as degradadas personagens a que deu vida, não tendo, por esse prisma, rival na literatura mundial.
A exatidão e valor científico dos seus retratos é atestada pelos grandes criminalistas russos. Neste grande novelista, o desejo de sofrer traz como consequência a busca e a aceitação do castigo e a conceção da pena como redentora por meio da dor.