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Tradição apostólica

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Ficha Técnica

Título: Tradição apostólica
Autor: Hipólito de Roma
Ano de edição ou reimpressão: 2020
Editora: Secretariado Nacional de Liturgia
Idioma: Português
Dimensões: 147 x 209 x 6 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 80
Peso: 124g
ISBN: 9789898877703

Sinopse

Este documento, embora, misturando a celebração litúrgica com as normas disciplinares, é muito importante para a Liturgia e com grande influência tanto a Oriente como a Ocidente. Até há pouco tempo, era tido como o documento modelo, não só o mais antigo, mas o mais original da Liturgia romana. Alguns estudos recentes colocaram em dúvida estas afirmações, bem como a presumida atribuição a Hipólito de Roma e, situaram o referido documento na dimensão do complexo conjunto das coleções litúrgico-canónicas[3] de origem oriental e, posteriormente, acolhido no Ocidente.

A estrutura da Traditio Apostolica articula-se em 43 capítulos, incluindo um prólogo e uma conclusão, testemunhando o essencial da tradição e dando a conhecer a mesma tradição que até então subsistia, como se afirma no prólogo: «Agora, impelidos pelo amor para com todos os santos, chegámos ao essencial da tradição que convém às Igrejas, a fim de que bem instruídos, conservem a tradição que veio até hoje e, conhecendo-a pela nossa exposição, dela tomem consciência e permaneçam firmes, por causa da queda ou do erro que ocorreu recentemente, motivado pela ignorância e pelos ignorantes» (pág. 47).

O presente documento, de difícil classificação no âmbito dos géneros literários, «por um lado, tem um aspeto canónico pelo facto de dar regras precisas e muito concretas para a vida de uma comunidade cristã. Por outro lado, contém uma série de orações litúrgicas que exprimem a fé da Igreja, onde aparece um carácter teológico»[4]. A atual publicação da Traditio Apostolica em língua portuguesa segue a tradução inserida na Antologia Litúrgica[5] com um prefácio e uma introdução do grande especialista deste precioso documento e insigne liturgista, o Beneditino Bernard Botte (1893-1980) da Abadia de Mont César, Bélgica, integradas na segunda edição publicada em 1968 pela famosa coleção Sources Chrétiennes, funda pelos Jesuítas Henri de Lubac (1896-1991) e Jean Daniélou (1905-1974).

Os textos eucológicos da Traditio Apostolica são de enorme importância histórica, canónica, literária e litúrgica, porquanto se apresentam como modelos e não ainda como fórmulas fixas, pois não é chegado o tempo da organização das primeiras liturgias.

Sobre o autor

A Hipólito de Roma tem sido atribuído o texto da Traditio Apostolica[1], datado cerca do ano 215, de que dispomos as versões latina, árabe e etiópica e adaptações em siríaco e em grego.

Hipólito era um presbítero de Roma, de quem se sabe a data da morte em 235, escreveu ainda em grego[2], cujo texto original se terá perdido, contudo, seguindo a versão latina, podemos encontrar o seu conteúdo real.

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